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19 de Abril de 2024
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    Seminário Memórias do Holocausto

    há 12 anos

    De 7 a 9 de maio - Acesse a programação

    A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO está propondo o Seminário Memórias do Holocausto, a ser realizado nos dias 07, 08 e 09 de maio de 2012.

    O evento, desenvolvido por iniciativa de vários Professores de Centros (CLA, CCH e CCJP) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, desenvolve-se em parceria com o Instituto dos Advogados Brasileiros - IAB, em suas duas sedes. No dia 07 de maio de 2012, na Avenida Marechal Câmara, nº 210, 5º andar - Centro, e no dia 08 de maio no Centro Cultural do IAB - Rua Teixeira de Freitas, 05/301, Lapa, voltando no dia 09 de maio a se realizar na sede da Marechal Câmara.

    O Seminário contará com amplo envolvimento da comunidade acadêmica, com a participação de vários Centros da UNIRIO, bem como com palestrantes e organizadores da Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade de São Paulo e Universidade de Brasília, UFRJ E UERJ.

    O objetivo central do Seminário é proporcionar debates acadêmicos relacionados ao Holocausto como fato seminal da modernidade ocidental, analisando seus impactos políticos, sociais, econômicos e jurídicos. Trata-se de atividade que congrega os três pilares da Universidade - ensino, pesquisa e extensão -, oferecendo ao público acadêmico e à comunidade em geral a memória que, ao não se apagar, pode nortear as ações presentes.

    O Holocausto

    Apesar de não ter sido o primeiro genocídio do século XX, o Holocausto - do grego, sacrifício pelo fogo -, levado à frente pelo regime nazista alemão (1930-1945), assumiu estruturas e processos próprios, expondo ao ocidente em escala antes inimaginável seu próprio arsenal de destruição. Em seis anos, de 1939 a 1945, foram exterminados mais de seis milhões de pessoas, dentre elas um milhão e quinhentas mil crianças.

    Intelectuais de toda parte o compreenderam inicialmente como a emergência de uma barbárie tipicamente não-moderna, contrária à civilização racional e pacífica que supostamente se desenvolvia em todo o hemisfério ocidental. Em especial a análise dos autores filiados à Escola de Frankfurt inverteu esse diagnóstico, reconhecendo o Holocausto como um genocídio tipicamente moderno, organizado sob a mesma racionalidade industrial que levou a produção em série capitalista aos seus mais altos níveis de produtividade. Por outro lado, da perspectiva política e jurídica, o genocídio foi analisado como um dos componentes do arsenal de uma política irracional de obtenção da adesão das massas que pode ou não ter deitado raízes na Kultur ocidental.

    As controvérsias intelectuais sobre os fatores causais do Holocausto são inúmeras e a continuidade dos esforços destinados a compreendê-lo é crucial para o entendimento dos rumos atuais da modernidade. O Holocausto vitimou sistematicamente sobretudo judeus, mas destinou-se a extinguir outras minorias - ciganos e deficientes físicos e mentais -, atingindo também negros, mestiços e homossexuais. Serviu à perseguição política dos comunistas e à discriminação religiosa. Provocou ainda um deslocamento imenso de populações ameaçadas. Valeu-se, sem dúvida, de imensos capitais e conhecimento logístico para a construção de prisões, campos de concentração e de extermínio, vigilância e perseguição.

    Com impactos imediatos destruidores em vários âmbitos - famílias, cidades, estruturas políticas e jurídicas, organizações sociais e políticas, bens artísticos -, o nazismo produziu reações. Deu ensejo à criação da Organização das Nações Unidas e à Carta das Nações Unidas, voltada para a defesa de direitos humanos universais; ao Tribunal de Nuremberg, para julgar os crimes de guerra do Nazismo em bases internacionais; provocou a reestruturação do sistema político e jurídico em vários países.

    Tais instituições, entretanto, não puderam significar até então a eliminação dos genocídios no mundo ocidental, a inclusão pacífica de outras etnias, culturas, de imigrantes. Também a extensão da modernidade ao hemisfério oriental, contribuindo para a queda de regimes autoritários, não representa qualquer garantia de emancipação humana. Debater o Holocausto, suas memórias, e suas relações com as estruturas de pensamento e institucionais da modernidade é, portanto, central para os rumos do século XXI.

    Programação

    7 de Maio

    10h Solenidade de Abertura

    Doutor Daniel Klabin

    Doutor Fernando Fragoso, Presidente do IAB

    Excelentíssimo Senhor Doutor Luiz Fux, Ministro do STF

    Doutora Malvina Tuttman, Coordenadora do Seminário

    10:30 Conferência de Abertura: O Insulto do Holocausto

    Doutor Arnaldo Niskier, ABL

    11:45 Peça O ESPIÃO, de Bertold Brecht

    Luciano Maia, CLA/Unirio

    13:30 O Direito e o Holocausto

    Jackson Grossman, FIERJ/IAB/ANAJUBI, Mediador.

    Menelick de Carvalho Netto, Professor Associado, UNB

    Argemiro Cardoso Moreira Martins, Coordenador PPGD/UNB

    Rogerio Dultra dos Santos, Coordenador PPGDC/UFF

    16:00 Apresentação Musical

    Violinista Ayram Nicodemo e músicos, UNIRIO

    8 de Maio

    9:30 Palestras e Exibição de Filme

    "Um Desafio Superado: Os atores e o Holocausto", por Jane Celeste Guberfain

    Exibição do Filme PEQUENA ANNE, MEMÓRIAS DO CAMPO.

    Texto e Direção Geral de Gláucia Flores y Reyes, Ano: 2011, RJ.

    Palestra "Trauma e Desestruturação Psíquica", por Sofia débora Levi, UFRJ, CNPIR/CONIB.

    13:30 Depoimentos

    Roza Rudnik, Aleksander Henriklacks e Samuel Rozenberg.

    Sofia Débora Levy, Mediadora

    15:30 O Brasil e os Refugiados

    Vera Lúcia Bogêa Borges, Historiadora, CP II, Mediadora

    Fabio Koifman, Historiador, Professor da UFRRJ

    Laura Rónai, Doutora e Professora de Música, UNIRIO

    Jeronymo Movschowitz, Historiador, UERJ.

    17:00 Conjunto Música Antiga, UFF.

    9 de Maio

    9:30 Holocausto e Memória

    Nelson Kuperman; Randolpho Gomes, IAB. Mediadores

    Luís Edmundo de Moraes, Historiador, NEUP/UFRRJ

    Katia Lerner, FIOCRUZ

    Bernardo Sorj, Sociólogo, UFRJ/CEPS

    Michel Gherman, Co-Coordenador NIEJ/UFRJ

    14:00 Holocausto e o Diálogo Interreligioso

    Paulo Cavalcante, UNIRIO, Mediador

    Diane Kuperman

    Pe. Jesus Hortal

    Babalao Ivanir dos Santos

    16:00 Conferência de Encerramento.

    Doutor Roberto Kant de Lima, UFF, UGF, Coordenador do INCT-InEAC

    17:30 Orquestra Barroca, UNIRIO

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/seminario-memorias-do-holocausto/3102638

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